Vencedores do Top de Estilismo são recepcionados pela Francal
A festa aconteceu na noite do dia 19, no restaurante Seraphini, em São Paulo, e foi prestigiada por empresários da indústria calçadista, estudantes, jornalistas e profissionais do setor. Entre eles, nomes como Walter Rodrigues, que comandou a premiação, e os designers Martha Ribeiro (TAO Galeria) e Cristiano Bronzatto (Louloux).
Depois de ter seu modelo selecionado entre os 326 inscritos nesta 15ª edição do concurso e de receber o troféu pela conquista do terceiro lugar na categoria Calçado Masculino Social, Salatiel Rodrigues foi contemplado com o prêmio mais cobiçado da noite.
O francano de 32 anos foi sorteado com a bolsa de estudos numa das mais conceituadas escolas de moda do mundo, a ModaPelle Academy, em Milão, com as despesas de viagem, estadia e alimentação integralmente pagas pela Francal.
“Este prêmio é um reconhecimento do que eu venho plantando e um grande incentivo”. Salatiel já havia concorrido ao curso em edições anteriores e, em 2003, foi premiado em três categorias.
Compromisso
Na abertura da cerimônia de premiação, o presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala, reforçou o compromisso do Prêmio Francal Top de Estilismo de revelar novos talentos para o mercado e valorizar o desenvolvimento de uma identidade de moda genuinamente brasileira neste segmento.
“Pertencemos a um país tropical; temos condições de deixar de copiar a moda de primavera-verão da Europa e assumirmos o papel de lançadores da moda para a temporada de calor. Basta nós acreditarmos e seguirmos esse objetivo”.
O estilista Walter Rodrigues fez um discurso de incentivo aos novos talentos presentes: “Venho do trabalho com tecido e tesoura e estou me aproximando cada vez mais desse universo dos calçados por meio de trabalhos em parceria com a Assintecal e com o Prêmio Francal Top de Estilismo, que eu acho fabuloso. A produção da moda só acontece com inovação, e é o que esses jovens trazem aqui hoje”.
O Prêmio
Em sua 15a edição, o Prêmio Francal Top de Estilismo é a maior e mais tradicional premiação da moda em calçados e acessórios e vem revelando novos talentos para o mercado e valorizando o desenvolvimento de uma identidade de moda genuinamente brasileira neste segmento.
Este ano, o concurso recebeu 326 amostras de 253 participantes. A seleção dos vencedores ficou a cargo dos designers Martha Ribeiro, Jorge Bischoff, Rogério Lima e Cristiano Bronzatto, e da coordenadora de área da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado, de São Paulo), Sandra Harabagi.
Aberto a estudantes dos cursos de Moda, Design, Estilo e outros relacionados, bem como profissionais que já atuam na área, este ano o Prêmio Francal Top de Estilismo foi composto de cinco categorias: Calçado Feminino Social, Calçado Feminino Casual ou Esportivo, Calçado Masculino Social, Calçado Masculino Casual ou Esportivo e Bolsa Social, Clássica, Casual ou Esportiva. Esta última, porém, não contou com vencedores na festa de premiação pois, na avaliação dos jurados, nenhum dos modelos inscritos cumpriu os pré-requisitos exigidos pelo regulamento.
Entre os vencedores, há profissionais (designers, modelistas e estilistas) e estudantes de Moda do Rio de Janeiro, São Paulo, Franca e Jaú (SP), Novo Hamburgo, Sapiranga e Estância Velha (RS). Entre as instituições cujos alunos emplacaram uma das colocações do prêmio estão a Faculdade Santa Marcelina (SP), Instituto Carlo Dellacqua (RJ), Senai (Franca/SP) e Feevale (Estância Velha/RS).
15o PRÊMIO FRANCAL TOP DE ESTILISMO
FESTA DE PREMIAÇÃO
Promoção e realização: Francal Feiras
Apoio: ABECA - Associação Brasileira de Estilistas de Calçados e Afins e MPA – ModaPelle Academy
Calçadistas comemoram aumento dos empregos após medida antidumping
Em dois meses, o setor calçadista brasileiro registrou o aumento de quase 20 mil novas vagas. Os números, verificados junto à RAIS e ao CAGED, ambos do Ministério do Trabalho e Emprego, animaram a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Segundo Milton Cardoso, presidente da entidade, este desempenho é resultado da medida antidumping que foi publicada em 9 de setembro passado.
Conforme os órgãos do MTE, o saldo de emprego em setembro de 2009 foi de 8,9 mil (8.893) trabalhadores. Já o índice mensal foi de 2,8% comparado ao mês anterior (agosto) e de -3,4% em relação a igual mês do ano anterior. Em agosto, as contratações também ficaram positivas em 8,9 mil vagas (8.974). “Havia um plano de contratações que passou a ser concretizado assim que foi implantada a medida”, aponta o dirigente. A meta é criar 60 mil postos de trabalho em nível nacional dentro de um ano. Ele lembra que somente no último trimestre de 2008, o setor perdeu 42 mil empregos em decorrência da importação de produtos chineses.
A tarifa antidumping, que vigora provisoriamente, foi fixada no valor de US$ 12,47 por par de calçado procedente da China. Em dezembro próximo, será apontado um valor definitivo, para o qual a Abicalçados pleiteia o patamar de US$ 18,44. Caso aceito pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), esta taxa reforçará ainda mais a perspectiva de geração de empregos.
Atualmente, o setor calçadista nacional emprega 323 mil trabalhadores, conforme os dados da RAIS de janeiro a setembro deste ano.
ASCom Abicalçados/Brazilian Footwear
Setembro registra queda de 34,4% na balança comercial de calçados
Um ano que contabiliza queda nas exportações de calçados não poderia mudar seu curso no nono mês. Setembro puxou ainda mais para baixo os índices da balança comercial de calçados e suas partes, que agora está negativa em -34,4%, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Ao longo dos nove meses, as exportações amargaram queda de 30% e as importações também ficaram negativas em 7,1%. A corrente de comércio, por sua vez, ficou em 26,9% menor.
No acumulado do ano, o volume de pares exportados foi de 93,8 milhões, uma queda de 26,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcados 127,6 milhões de pares. O faturamento nos nove meses do ano foi de US$ 1 bilhão, que representa 30% menos em relação ao período anterior. De janeiro a setembro de 2009, foram geradas divisas da ordem de US$ 1,4 bilhão. O preço mediu reduziu em 4,7%, passando de US$ 11,38 para US$ 10,84.
Países - Em termos de volume, os Estados Unidos continuam sendo os principais compradores do calçado Made in Brazil, tendo adquirido 20,7 milhões de pares no acumulado do ano, com preço médio de US$ 12,58, o que gerou receita de US$ 260,8 milhões - o que significa uma retração de 30,6% em volume e 31,4% em cifras.
A Argentina é o segundo maior cliente do Brasil, pois adquiriu 8,9 milhões de pares este ano, por uma média de US$ 10,84 o par, o que resultou em US$ 96,2 milhões para o Brasil. Estes dados demonstram uma diminuição de 34% em pares e 36,7% em valores, no comparativo com igual período de 2008.
Em terceiro lugar aparece o Reino Unido, que comprou 5,7 milhões de pares por um preço médio de US4 24,86, resultando em US$ 141,1 milhões. Analisando em relação aos nove meses do ano passado, o volume físico caiu 29,4% , assim como o monetário, que acumula saldo negativo de 28,4%.
São Paulo teve a maior queda nos embarques
Entre os principais Estados exportadores, todos apresentaram queda tanto em volume de embarques quanto em faturamento. Porém, de janeiro a setembro, o Estado de São Paulo teve os índices mais negativos: -37,3% em pares e -38,9% em faturamento. Este ano, as fábricas paulistas embarcaram 5,3 milhões de pares, que resultou em receita de US$ 86 milhões, contra 8,3 milhões de pares e US$ 140,6 milhões no ano passado.
O segundo Estado mais prejudicado foi o Rio Grande do Sul, que embarcou -33,5% e faturou -33% este ano. Foram 26,9 milhões de pares enviados ao exterior, que geraram US$ 581,8 milhões em divisas. De janeiro a setembro do ano passado, foram vendidos 40,4 milhões de pares ao mercado externo, que resultaram em US$ 868,8 milhões.
O terceiro Estado com maiores índices de queda é a Bahia, com 21,5% a menos em volume físico e 22,2% a menos em faturamento. Os produtores baianos de calçados venderam, ao longo de 2009, 5 milhões de pares e faturaram US$ 51,7 milhões. No mesmo período de 2008, os embarques foram de 6,4 milhões de pares, que resultaram em US$ 66,5 milhões.
Embarque de calçados injetados cai bruscamente
De acordo com o capítulo 64 da Nomenclatura Comum do Mercosul, o envio de calçados injetados para o exterior (NCM 6401) - embora seja uma fração pequena em comparação aos outros tipos de calçados exportados – ganha destaque por ter despencado de janeiro a setembro deste ano. A redução foi de 77,3% em volume, passando de 1,87 milhão de pares vendidos de janeiro a setembro de 2008 para 423,3 mil este ano. Em faturamento, a queda foi de 65,6%. Os US$ 9 milhões arrecadados no passado reduziram-se a praticamente um terço, passando para US$ 3,1 milhões.
Os calçados de material têxtil (NCM 6404) também apresentaram queda expressiva. Em volume físico, os embarques caíram pela metade, passando de 6,8 milhões de pares no ano passado para 3,6 milhões de pares este ano (-46,4%) e as cifras também foram expressivas, reduzindo de US$ 80,5 milhões para US$ 50,3 milhões (-37,6%).
Produtos em couro (NCM 6403), segundo principal item exportado, demonstraram redução de 32% em volume e 31% em finanças. Este ano, foram vendidos 29,1 milhões de pares com receita de US$ 695,7 milhões, enquanto no ano passado foram comercializados 42,9 milhões de pares, com resultados financeiros de US$ 1 bilhão.
Nem mesmo o sintético (NCM 6402), líder nas vendas ao exterior, escapou da trajetória descendente das exportações. A venda de 59,9 milhões de pares este ano causou déficit de 20,6% em relação ao ano passado, quando foram embarcados 75,5 milhões de pares. O faturamento de US$ 260,6 milhões deste ano está 24,6% menor do que no ano passado, quando foi de US4 345,8 milhões.
Importações caem 20,6% em setembro
De janeiro a setembro, a quantidade de pares importados foi de 24,5 milhões, o que significa 20,6% menos em relação ao mesmo período de 2009, quando o Brasil adquiriu do exterior a soma de 30,9 milhões de pares. O valor pago apresentou queda de 7,1%, passando de US$ 232 milhões no ano passado para US$ 215,5 milhões este ano. Conforme o presidente da Abicalçados, Milton Cardoso, não houve redução de pedidos, mas maior rigor nas fiscalizações aduaneiras em função da medida antidumping. “As encomendas continuam sendo feitas, mas a liberação para entrada no País está demorando mais, o que reduz o fluxo mensal”, sustentou.
Do total importado, 19,7 milhões de pares são oriundos da China. A maior quantidade de calçados comprada é de sintéticos, que somam 11,4 milhões de pares e pelos quais foram pagos US$ 99 milhões.
Em segundo lugar aparecem os calçados têxteis. De janeiro a setembro, foram 6,1 milhões de pares deste segmento que cruzaram as fronteiras do país, e que custaram US$ 56,3 milhões.
Os calçados de couros estão em terceiro. Este ano, foram adquiridos 2,5 milhões de pares a US$ 46,4 milhões. E os injetados são minoria: foram comprados 159,4 milhões de janeiro a setembro deste ano, a US$ 1 milhão.
ASCom Abicalçados/Brazilian Footwear
15/10/2009
Shoppings agora também são boa vitrine para anunciantes!
Shoppings agora também são boa vitrine para anunciantes
O espaço para publicidade cresceu 46,8% só no ano passado.
Patrícia Büll - 5/3/2009 - 23h59
Felipe Denuzzo/e-SIM
Cada dia mais os shopping centers se consolidam não apenas como opção de compra e entretenimento, mas de espaço para publicidade. Só no ano passado, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) registrou uma expansão de 46,8% no merchandising em shoppings em todo o Brasil, na comparação com 2007. No Shopping Eldorado, por exemplo, o crescimento foi além da média nacional: 57%. Segundo Guilhermo Bloj, superintendente da empresa, mais do que lojistas, são principalmente os fornecedores que usam essa ferramenta de comunicação.
Operadoras de telefonia celular, montadoras de veículos, fabricantes de TV de plasma, alimentos e linha de higiene pessoal são alguns dos setores que, no ano passado, realizaram ações de merchandising no Eldorado, para se comunicar com o público frequentador, que varia de 40 mil a 50 mil pessoas diariamente. "Essa tem sido uma ferramenta poderosa para que o consumidor possa experimentar o produto e ter informações técnicas, sem necessariamente entrar na loja", afirma Bloj.
Para Cristiana Arena, superintendente do Shopping Metrô Santa Cruz, a lei Cidade Cidade Limpa – que limita os anúncios externos – contribuiu para a expansão do merchandising em shoppings. "Impedidas de anunciar por meio de outdoor, as agências de publicidade migraram para os espaços de shopping." Ela diz ainda que o centro de compras vem registrando aumentos frequentes de pedidos de espaços e que o shopping terá um departamento voltado para essa área.
Motivos – Equivalência com o ponto-de-venda e identificação com o perfil do consumidor são os principais atrativos citados por Flávia Sampaio, diretora executiva da Cereja PRN, agência de audiovisual digital, para essa busca. "Os shoppings possuem estudos de perfil que mostram quais produtos são ou não adequados para aquele espaço, quer seja para o lojista, que já está presente e quer levar o consumidor para dentro de sua loja, ou para as marcas que querem se comunicar com o target (público-alvo)", afirma Flávia.
Tela de plasma, display na saída das salas de cinema, quiosques promocionais, tótens, banners e adesivos em portas de elevadores – são vários os recursos utilizados.
Para Bloj, do Eldorado, o merchandising em shopping está se tornando uma mídia tão importante quanto TV e jornal, por exemplo, com a vantagem de ser dirigido a um público seleto.
Multicanais: a tendência do varejo
Seminário na ACSP mostra que comércio não vende apenas produtos, mas experiências sensoriais.
Adriana David - 3/3/2009 - 23h27
Paulo Pampolim/Hype
Burti: crise se combate todos os dias, com criatividade e inovação.
A comitiva de 800 brasileiros que visitou a feira National Retail Federation (NRF) no início do ano, em Nova York, destaca a implementação das vendas por multicanais como a grande tendência no varejo. Uma empresa britânica colhe bons resultados com essa prática. Trata-se da tesco.com, versão de e-commerce da rede de supermercados Tesco.
Inicialmente, havia infraestruturas distintas para ambas as empresas, mas percebeu-se ineficiência, e elas passaram a ser compartilhadas. Foram criadas unidades de negócios independentes, mas com bônus atrelados aos resultados compartilhados. Os produtos encomendados pela internet são retirados das prateleiras das lojas convencionais. Um cliente pode comprar pelo meio eletrônico e escolher se quer receber o produto em casa ou retirá-lo na loja. Não há distinção de preços para os dois canais de vendas.
No Brasil, ocorre exatamente o oposto. "O preço é formado com base nos custos", disse o professor doutor Francisco Alvarez, diretor da Trade Marketing Assessoria, que participou do evento Tendências do Varejo para 2009, realizado ontem na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Atualmente, o e-commerce é usado por pessoas de todas as faixas que não necessariamente compram pela internet. Algumas pesquisam e depois fecham o negócio nas lojas físicas. Segundo o CEO do Wal-Mart, Lee Scott, para cada dólar gasto pela empresa na web, houve uma influência de US$ 3 no canal tradicional.
Essa prática coincide com o pensamento de Clarence Kelley, executivo da JCPenney. Ele afirmou que o consumidor compra onde, quando e da forma que deseja. Se um cliente prioriza o preço, ele vai até a Rua 25 de Março. Mas se ele quer conforto, dirige-se ao shopping ou compra de casa, pelo computador.
Para Alvarez, o funcionário gera sensações, experiência de compra, é expert nos produtos, enfim, é um ator. Um exemplo é a vendedora-enfermeira da loja de brinquedos norte-americana Fao Schwartz, que entrega a boneca a meninas como se fosse um bebê.
Além de investir no funcionário, ele sugere que o lojista pense na loja em pequenos ambientes, no que pretende transmitir ao consumidor, que sensações ele terá no local.
Nem só o atendimento presencial é eficaz. Entre as dez melhores empresas de varejo em atendimento, está a Zappos.com. O negócio dela é vender sapatos pela web.
Como conquistar um consumidor pelo olfato.
O esforço do varejo para marcar presença na lembrança do consumidor também passa por esse tipo de preocupação.
Fátima Lourenço - 25/2/2009 - 23h51
Qual seria o aroma ideal para seu ramo de negócio? O esforço do varejo para marcar presença na lembrança do consumidor também passa por esse tipo de preocupação. Só o empresário Yong Sup Yoon, da Biomist, empresa especializada no chamado marketing olfativo, mantém uma carteira de 2 mil clientes. Uma demanda que lhe rendeu crescimento entre 30% e 35% nos últimos anos e faturamento médio mensal de R$ 200 mil em 2008. Com base em São Paulo e distribuidores em Brasília, Goiânia, Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Vitória e Curitiba, a empresa busca novos parceiros para estabelecer-se em mais 17 capitais e nas cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
A Biomist chegou a criar um modelo de franquia, em 2006. "Tínhamos tudo preparado para isso, mas a aromatização ainda era um negócio muito novo no Brasil. Os candidatos gostavam da ideia, mas ficavam inseguros. Muitos deles queriam ser distribuidores."
A migração para esse modelo de negócio reduziu o investimento inicial de R$ 48 mil para R$ 11,8 mil, dinheiro que cobre uma semana de treinamento e os produtos suficientes para iniciar a operação. Ao distribuidor cabe, além da prospecção de novos clientes, a troca do refil aromatizado nos vários ambientes.
Hoje, a Biomist tem uma linha própria de 40 aromas, concebidos para harmonizar diferentes ramos de negócio. Para um restaurante japonês, por exemplo, Yoon sugere o uso da fragrância de bambu na entrada; para escritórios, os aromas herbais, como erva-doce e camomila são os mais indicados, "porque deixam o ambiente mais clean". (Confira outras sugestões no quadro.)
Além das próprias, a empresa desenvolve, por meio de parcerias com perfumistas, fragrâncias exclusivas, encomendadas por grandes companhias do mercado. Hoje também é comum, segundo o empresário, o consumidor pedir por sachês com o cheirinho da loja, demanda que fará nascer um novo braço de negócios para a Biomist.
"Até junho de 2009 abriremos uma fábrica em Diadema, para produzir perfumes, sabonetes, sachês, água perfumada para passar roupa, coisas que a loja pode oferecer como brinde. Atualmente não temos como atender a essa demanda", justifica o empresário, que investirá R$ 200 mil para tornar o empreendimento viável.
Sem crise – Ele conta que o projeto da fábrica existe há três anos. "Com a crise internacional, fiquei em dúvida, mas decidi aproveitar o momento para ganhar espaço e manter a distância da concorrência. Hoje, somos líderes nesse mercado", afirma. O grande potencial do ramo, segundo ele, já movimenta a concorrência, e novas empresas se preparam para atuar no mercado brasileiro de marketing olfativo.
A expansão dos negócios também inclui explorar mais o mercado de eventos, que hoje responde por 5% do faturamento da marca. A Biomist já aromatizou desfiles de moda, carro alegórico, camarotes, lançamentos de produtos e até casamentos. O trabalho com o varejo, no entanto, ainda responde pela maior parte da receita, 85%. Os restantes 10% são gerados pelas compras dos distribuidores.
A Biomist é uma empresa brasileira criada no ano 2000, sob inspiração de uma tecnologia que a Coréia, país natal de Yoon, já utiliza há muitos anos. Desde 2003, segundo ele, os produtos foram nacionalizados. E a marca detém a patente dos equipamentos para a dispersão no ambiente.
Com formato semelhante ao das saboneteiras dos banheiros públicos, os modelos são dotados de tecnologia que permite controlar o tempo e a quantidade da dispersão.
preço justo pelo atendimento.
"Venho aqui para bater papo com funcionários atenciosos, meus amigos; os produtos são de qualidade e encontro tudo o que preciso",
Jane Soares - 16/2/2009 - 22h40
As mulheres são a maioria. Geralmente, chegam sozinhas. Passeiam pela loja para conferir as novidades e sempre compram alguma coisa, mesmo sem precisar. Na hora de pagar, algumas dão uma porção de moedas para o caixa separar o valor da despesa. O trabalho é feito de bom grado.
Outras deixam a lista de compras e o dinheiro. O troco é entregue junto com o pedido. São íntimas dos funcionários, com quem trocam beijinhos e informações sobre as respectivas famílias. Pertencem a diferentes classes sociais. Têm em comum o fato de estarem na terceira idade e de fazerem a maior parte das compras no Pão de Açúcar, apesar de taxarem a loja de "careira".
Como explicar tanta fidelidade? "Venho aqui para bater papo com funcionários atenciosos, meus amigos; os produtos são de qualidade e encontro tudo o que preciso", diz Maria Thereza da Silva Costa Brandão, 78, residente na Vila Madalena há 38 anos, onde mora com o marido, seis filhos, a empregada e seu filho. A despesa é alta. Verduras e frutas vêm do "sacolão do seu Paulo" na própria Vila. O grosso dos alimentos e produtos de limpeza, do Pão de Açúcar.
Pela mesma linha vão as explicações de Magali Rodrigues Alves – que faz as compras do mês pela internet –, de Santa Moreira dos Santos e de Ataliba de Morais Castro, 79 anos. O público dos sonhos de qualquer publicitário e de qualquer rede varejista.
Para Eduardo Macedo, sócio-sênior da Gouvêa de Souza & MD, consultoria especializada em varejo, outros fatores explicam a preferência desses clientes pela "loja careira". "Os comerciantes acreditam no ditado que diz 'o órgão mais sensível do consumidor é o bolso'. As pesquisas demonstram que isso só é verdade quando o poder aquisitivo do público é realmente muito baixo ou quando o estabelecimento não oferece um valor agregado. Quando a loja tem um diferencial, atende anseios e aspirações do cliente, ele paga mais se puder. É o caso dessa unidade do Pão de Açúcar," explica Macedo.
Ele lembra a importância de o lojista conhecer seu público-alvo e estruturar a oferta de produtos e serviços levando em conta as preferências de seus consumidores. "Uma tarefa relativamente fácil para o pequeno varejista e mais complicada no caso das grandes redes. Elas precisam deixar uma 'margem de manobra' em suas políticas de padronização para se adaptar às exigências dos clientes locais."
Pré-datado depositado antes do prazo dá direito a indenização, decide STJ.
Ministros do STJ editaram súmula que define entendimento sobre o tema.
Agência O Globo - 17/2/2009 - 17h17
O depósito de cheque pré-datado antes do prazo combinado entre comerciante e consumidor configura dano moral, com direito a indenização, de acordo com súmula editada nesta segunda-feira (16) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e anunciada nesta terça-feira (17). Com a edição da súmula, o STJ passará a adotar a orientação em suas decisões futuras.
A súmula do STJ, no entanto, serve apenas como "guia" para os juízes de instâncias inferiores, que podem ou não aplicá-la –ao contrário das súmulas vinculantes do Supremo Tribunal Federal (STF), que obrigatoriamente precisam ser acatadas pelos poderes Executivo e Judiciário.
A súmula de jurisprudência 370 fixa que “caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado”. Em uma das primeiras decisões do STJ sobre o caso, em 1993, os ministros condenaram um comerciante que apresentou o cheque antes do prazo a pagar indenização de 20 salários mínimos (o equivalente hoje a R$ 4.650) à vítima.
Em outro julgamento, realizado em 2005, os ministros também condenaram um comerciante a pagar indenização de 20 salários mínimos a um consumidor da Paraíba que teve o cheque devolvido sem fundos por ter sido depositado fora do prazo combinado.
Em uma decisão tomada em 2000, o ministro Eduardo Ribeiro já havia ressaltado que constitui dano moral a devolução de cheque pré-datado por insuficiência de fundos quando a apresentação é feita antes da data acertada entre as partes.